Autor: Renata Ventura Editora: Novo Século Adicione: SKOOB |
Essa resenha eu demorei mais a fazer porque foi um pouco complicado
assimilar meus sentimentos com relação ao livro. Vou explicar!
O livro é baseado na história de Harry Potter da incrível J. K. Rowling.
Na verdade as duas histórias acontecem em paralelo. A autora brasileira se
perguntou: Como seria uma escola de bruxaria no Brasil? E assim começou a dar
vida aos bruxos brasileiros.
Entre eles há nosso personagem principal Idá Aláàfin, que nasceu de dois
Azêmolas (também conhecidos como mequetrefes ou trouxas) e cresceu na favela
Santa Marta. Aos 13 anos, no meio de um tiroteio, recebe uma carta revelando
que ele é um bruxo e a partir daí descobre um novo mundo.
“Sr. Idá Aláàfin Abiodum
Mui respeitosamente, venho convidá-lo a
se unir ao corpo discente da excelentíssima escola bruxaria Notre Dame do
Korkovado. (...)” *
Mas não se preocupem o livro não é uma cópia de Harry Potter (estava com
medo que fosse antes de começar a ler). A Arma Escarlate consegue ser original
apesar de ser baseado em uma fantasia já criada e que já está fixada em nossas
mentes. Renata Ventura traz uma escola de bruxaria nos padrões brasileiros, com
a nossa cultura e folclore.
Hugo Escarlate – novo nome de Idá – é o oposto daqueles personagens
bonzinhos que pensam sempre nos outros antes de si mesmo. Ele é teimoso,
irresponsável e não aceita levar aforo pra casa. Mesmo assim ele faz amizade
com os pixies (os personagens mais legais!). E com a ajuda deles consegue
resolver muitos de seus problemas. Como por exemplo, lidar com o chefe do
tráfico do morro Dona Marta que ameaça ele e sua mãe constantemente.
Entretanto, as soluções para os problemas só aparecem depois de ele
fazer muita besteira, muita mesmo! É tanta burrada que acabei ficando com raiva
dele em certo momento da história. E gostei disso (depois)! Ficar com raiva do
principal é algo diferente do que estou acostumada.
Uma das coisas que gostei muito foram as sutis referências aos
acontecimentos no Reino Unido, como a morte de Dumbledore, Voldemort tentando
dominar a Europa, até sobre a própria J.K. Rowling.
Para os fãs de Harry Potter aconselho se desligar um pouco da narrativa
da britânica; o livro da Renata também é uma aventura e também tem mistério,
porém em um ritmo diferente. Comecei a ler esperando a mesma cadência da
Rowling, para só depois perceber que a autora criou um ritmo próprio na
narrativa. E isso não é ruim, apenas diferente!
Por último, parabenizo a Renata Ventura por seu incrível talento e coragem, por se aventurar nessa literatura que muitos de nós amamos! Particularmente, achei a ideia genial!
* Trecho do livro.
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